quarta-feira, 28 de maio de 2008

COMO OS NOSSOS PAIS


Há um ombro que me faz muita falta. Um ombro que se perdeu de mim. Foi embora sem se despedir. Agora está guardado por Deus e por uma imensidão de anjos. Isso é o que me alivia. O que conforta o meu ser e me dá coragem para continuar a batalha. Sozinha, porém fortalecida.

Quando pequena tive medo. Os anos foram passando. Sofri muito com os problemas da vida, que não são poucos. Sofri, mas aprendi. Aprendi e continuo aprendendo. Os dias que mais sofri, foram os que eu não pedia ajuda de ninguém. Não queria conselhos e me sentia dona da razão. Achava que as coisas eram do meu modo. Me esquecia que eu era apenas uma criança mimada. Eu esquecia e todos que me rodeavam também esqueciam. Ninguém entendia que ao invés de palavras brutas, eu queria colo e compreensão. O tempo passou e hoje eu peço atenção quando preciso. Às vezes com receio, mas quando percebo, já deixei isso de lado e “dou a cara pra bater”. Hoje também vejo que tenho pessoas que se preocupam comigo de verdade. Falam coisas que eu quero ouvir e coisas que eu não quero. Coisas para o meu bem.

Eu perdi um ombro. O mais terno da minha vida. Eu também ganhei outros ombros. Colos. Abraços. Pais e mães. Irmãos e irmãs. Amigos de verdade. Amigos de balada. Amigos pra dar risada. Amigos pra chorar junto. São os que me dão força. Uma força que muitas vezes acho que não tenho. Quando me sinto incapaz. São nos pais, irmãos e amigos que encontrei pelo caminho que me enriqueço de força e capacidade. Estes são os meus alicerces.

Lembro-me de uma pessoa que me disse um dia: “te considero como uma filha”. Essa pessoa realmente ganhou uma filha. Eu escuto com ouvidos de filha. Com coração de filha. Simplesmente porque senti sinceridade naquela frase. Porque gostei de me sentir “filha” de alguém que eu gosto tanto. Dos pais da minha vida, cada um tem um pedaço especial no meu coração. Do pai que sempre tive e que precisou partir, ficam as lembranças e o caráter que recebi. Coisas que sempre estarão comigo. Por onde eu andar. Há coisas que o tempo não apaga. Coisas que são gravadas no peito. Recordações de amor que nunca morrerá.

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segunda-feira, 26 de maio de 2008

UM AMOR OU UMA PROVA DE FOGO?


Uma noite longa. Pensamentos distantes. A coberta não esquentava e a cabeça girava procurando respostas. Respostas que me cobram. Respostas que eu não tenho. Não agora. Estou as evitando para não passar mal. Procuro uma solução menos dolorosa. Penso. Reviro o cérebro até doer e só consigo ter uma certeza: a dor é inevitável.

Me sinto em pedaços quando eu lembro que avisei. Uma. Duas. Três milhões de vezes. Ergui bandeira branca. Gritei para os “quatro cantos do mundo” e não tive atenção. Implorei. Supliquei para que não houvesse mais mágoas. Para que conseguíssemos evitar as marcas. Quando me ouviu, o que era bom estava morrendo. Minhas forças já tinham sido sugadas. Eu tinha mudado porque abri as portas para o ressentimento habitar no meu coração.

Aquela menina que chorava agarrada ao ursinho de pelúcia no seu quarto cor-de-rosa cresceu. Aprendeu com os trancos. Virou mulher, apesar de ainda ser apaixonada por cor-de-rosa. Quer que o mundo acabe em dança e tequila. Quer seu amor sempre a prova. Quer ter certeza de que vai dar certo. De que é amada. O coração tão frágil e ainda cheio de cicatrizes anda com um escudo. Com colete a prova de balas para não se ferir mais. A pessoa que congelou meu coração, agora precisa andar bem agasalhado, pois tem uma mansão na minha geleira. Ele tenta. Faz de um tudo para me fazer bem. Meu gênio forte e ruim sempre quer mais. Sempre pede mais.

Essa menina apaixonada por cor-de-rosa, dança e tequila não quer mais viver de sofrimentos. Não quer mais se machucar sem necessidade. Quer deixar seu coração derreter. Sabe que vai ser difícil, mas vai tentar. Vai trocar a tequila por vinho acompanhado do namorado apaixonado. Quer carinho. Colo. Amor e atenção. Quer ver feliz o amor da sua vida. Precisa ser feliz com o amor da sua vida.

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quarta-feira, 21 de maio de 2008

PENSAMENTOS SOLTOS EM UM COPO DE CERVEJA


Ao chegar da faculdade. Pés cansados do salto alto e de um dia cheio de serviço minha companhia foi a cerveja. Pensei em tudo que faz minha mente girar. O que me revolta e me faz chorar. O que me faz engolir palavras que eu queria soltar. Palavras que deixo presas para poupar ofensas desnecessárias. Só para me poupar.

São pensamentos tortos. Pensamentos ao léu. E quer pensamentos mais tortos do que quando acompanhados por álcool e cigarro? A mente voa e vai longe. Quase não consigo acompanhar. Deixo a mente viajar como um adolescente de dezoito anos que acabou de tirar a carta. Voar como uma pessoa que perdeu o medo de altura e resolveu pular de pára-quedas.

Uma das fundamentais coisas que me magoam são desilusões com amigos. Meu conceito sobre amizade é verdadeiro e forte. Trato meus amigos como irmãos mais novos, mesmo quando são mais velhos que eu. Cuido. Mimo. Pago a balada só para ter a companhia. Dou carona quando precisam. Passo cola nas provas chatas e empresto minhas roupas. O mínimo que espero em troca é respeito e sinceridade. Coisas que estão cada dia mais escassas.

Quando percebo que as palavras amigas somem depois da ressaca. Que eu me dou demais enquanto não tenho nada. Sinto-me mal, triste e com o coração apertado. Como uma criança de castigo. Como um pássaro preso na gaiola. O consolo vem quando lembro que eu ainda vou ligar menos para coisas pequenas. Coisas que enquanto são mesquinhas para alguns, para mim vem como um turbilhão de mágoas.

[Não vou generalizar os amigos. Muitos são maravilhosos, mas quem eu nunca pensei que me magoaria, está me surpreendendo]

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quinta-feira, 15 de maio de 2008

PELO AMOR OU PELA DOR

Já vivi um momento de rebeldia. Sentia-me sem chão. Sem alicerce. O mundo parecia não ter cor, nem sentido. Era uma vida em preto e branco. Com ofensas. Sem limites. Pensava que tudo conspirava contra mim. Seria lastimável se tudo tivesse sido tão triste assim. Já pensei em sumir. Colocar meia dúzia de roupas, um porta-retrato, meu ursinho de pelúcia na mochila e pegar a estrada. Morar em uma casa na árvore. Ser mochileira. Aeromoça. Viver em albergues. Uma vida de nômade. Sem rumo certo. Essa época eu não tinha perspectivas. Não sabia ouvir não como resposta. Era apenas uma adolescente-metida-a-besta querendo que nada atrapalhasse meu caminho.

Meu estágio na vida adolescente serviu para abrir meus olhos. Ver que as coisas fazem muito sentido quando aprendemos a enxergar de verdade. Saber como a vida é linda e colorida. Isso aconteceu depois de pensar que tinha perdido meu colo. Um colo que jamais perdi. Nem perderei. Alimentado por um amor incondiconal. Hoje eu sei. Posso afirmar com toda certeza. Esse colo é suave e protetor. Está sempre disposto a me ajudar. Sempre presente quando eu precisar.

A saudade fincada no peito. Dói na alma. Com os erros, fui obrigada a me tornar adulta antecipadamente. As responsabilidades aumentaram. Algumas contas também. Não reclamo do que plantei. Agora é necessário colher. É obrigatório. Mesmo sentindo falta do leite com chocolate na cama antes de dormir. Saudade da porta do quarto abrindo pra me lembrar dos compromissos às sete da manhã. Do jantar em família. Afinal, quem não aprende pelo amor, aprende pela dor. Comigo foi pela dor. Só assim aprendi a valorizar o lado bom. Aprendi a abrir a porta pro bem que antes eu não atendia. Batia com força e desespero e eu não ouvia.

Hoje quando quero chorar, sei quem procurar. É difícil crescer. A dor não tem explicação. Entretanto, tenho um conforto quando penso: "quem não cresce no tempo certo, vai se lasca feio mais tarde". Assim valorizo o meu amadurecimento precoce. Vejo que errando, aprendi muito. E quando a saudade apertar. Sei onde procurar. Não me perderei no caminho.

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quarta-feira, 14 de maio de 2008

RESUMINDO EM UMA PÁGINA NA INTERNET


Na minha opinião o mundo dos blogs nada mais é do que um grande desabafo. Daqueles que você abre as portas do seu coração e mente para compartilhar uma infinidade de pensamentos contraditórios. Alguns sarcásticos. Abstratos. Em uma poesia ou música. Importante mesmo é que o autor sempre coloca o que realmente está sentindo.

Leio muitos desabafos alheios. Alguns com imensa habilidade nas palavras. São os que deixo armazenados aqui no meu espaço, para sempre serem recordados. Entretanto gosto de xeretar algumas páginas sem conteúdo. Me faz rir mesmo quando me sinto atingida e frustrada. A frustração acontece quando sou protagonista da história. Não gosto de ser assunto das pessoas que me desejam mal. O que passou, agora está distante. Palavras grotescas não amenizam situações mal resolvidas.

Tenho o temperamento difícil. Sempre fui de despejar palavras e depois pensar nas conseqüências. Seguindo sempre o "doa a quem doer". Assumo minha personalidade de leão raivoso. Um leão que já chorou muito por arrependimento. Por fazer tudo errado. Dizer tudo errado. Na hora errada. Para pessoas erradas e no final não aguentar o baque. Por causa dos contratempos da vida, já sofri muito. Ainda sofro. Com o sofrimento aprendo e tento melhorar meu estilo de vida.

[Um novo blog. Buscando novos ares!]

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