segunda-feira, 2 de junho de 2008

DAS COISAS QUE ME FAZ CRESCER


Às vezes me imagino um gigante. Igual ao que tem no desenho “João e o pé de feijão”. Costumo dizer que todas as coisas desagradáveis que acontecem comigo me faz crescer. Ultimamente estou crescendo tanto que mesmo com 1.57 de altura, me sinto maior que um jogador de basquete.

No caminho ao serviço, trabalhando ou em casa pensei muito. Pensei no que está me deixando com os nervos a flor da pele. Pensei no que está me fazendo explodir por dentro já que não posso despejar todo o meu ressentimento por aí. Pensei no carinho “maternal” que tenho por algumas pessoas e o que recebo em troca está me embrulhando o estômago. Nunca cogitei falar isso, mas: estou aprendendo a levar desaforo pra casa. Pois é, levei desaforo pra casa, engoli com suco de laranja e isso fez atacar a minha gastrite.

Para não me desesperar e nem ficar pior do que estou, resolvi tocar o foda-se. Depois que pensei nisso as lágrimas pararam de descer pelo meu rosto. Dei mais risada e estou preparada para me defender de ataques ridículos. O grande motivo pra isso é: estou dando valor pra quem me ama de verdade. Valor para quem realmente quer meu bem. Valor para quem sabe expor o que não está gostando. Valor para quem não é falso e não fala pelas costas. Esses venenos no canto da boca me enojam.

Eu troco a balada regada à tequila por um bom sofá só de desconfiar que possam me magoar. Eu troco a música pelo som da televisão quando a companhia não me traz mais segurança. Eu troco um ombro falso pelo vácuo, porque antes sozinha do que mal acompanhada. Eu saio à francesa e deixo os animais se matarem e essa matança eu vou assistir no camarote. Só porque é foda confiar nos outros. É foda acreditar demais e mais foda ainda se dar demais.

Eu quero mais. Quero mais pra mim. Antes de me lascar. Antes que me lasquem.

12 comentários:

majv 3 de junho de 2008 às 07:54  

aprendi a ter o vácuo como uma companhia. já é normal pra mim ficar com a tevê em troca de não me magoar com ninguém. uma hora enjoa, mas enquanto isso, é bom nãose machucar.
bju*

Nathália E. 3 de junho de 2008 às 08:15  

Não consigo levar desaforo pra casa. Preciso falar, explodir... Sei lá, fazer valer o que penso.
Mas acho uma virtude esse poder de conseguir se conter.

E 1.57m, é? Óun! Menor que eu! *-*
Uma gracinha! Rsrs

Beijo!

Lomyne 3 de junho de 2008 às 09:40  

Mas quem disse que dá para evitar se envolver o tempo inteiro? Mais cedo ou mais tarde, você se encanta com o cara que almoça todo dia no mesmo restaurante que você. E nem adianta evitar, tem vezes que não funciona...

Cin 4 de junho de 2008 às 07:39  

"Eu quero mais. Quero mais pra mim. Antes de me lascar. Antes que me lasquem."

E quer saber minha opinião???

Tá mais do que certa.
Bjim!

Jana 4 de junho de 2008 às 10:44  

eu canto o mantra "vai tomar no cu"

e n levo desaforo, se deixar montar uma vez, irão montar sempre!

Beijo

Anne 4 de junho de 2008 às 11:56  

Bom, desaforo não costumo levar, mas respondo sempre na classe e na delicadeza. Aprendi que quanto mais calma me mantenho, mais o outro perde a razão. Mas sim, as vezes eu desço das tamancas tb! E quem não desce?

Tb deixo de sair quando não tenho vontade ou estou querendo ficar sozinha, coisa que tb gosto de fazer. As vezes me divirto mto mais assim, em casa, do que em baladas por aí. Depende mto, do dia, da vontade, da companhia...

Obrigada pela visita, as portas estarão sempre abertas! Abraços

Talita Corrêa 4 de junho de 2008 às 12:43  

Anne:
Temos que ser ladies... mas bobas jamais, né? rs.

Anônimo,  4 de junho de 2008 às 17:07  

Você está certíssima ao agir assim e ninguém - NINGUÉM - merece as nossas lágrimas.

É bom ouvir alguem dizendo disso, pois pior do que ficra mal é quem não sabe dar a volta por isso e isto você está fazendo muito bem. Espero que continue no caminho certo e se sentindo a Gigante do Pé de Feijão :P

Beijos moça, ;***

Rosi 5 de junho de 2008 às 05:33  

Menina
A vida é isso aí, aprendendo sempre. Sem desaforos pra casa, sem depressão, sem gastrites. Quando a gente não está bem, o melhor é ficar quietinha no nosso canto, no nosso sofá. Nossas lágrimas são muito valiosas para ser desperdiçadas.
Um beijo

Rosi 5 de junho de 2008 às 05:33  

Menina
A vida é isso aí, aprendendo sempre. Sem desaforos pra casa, sem depressão, sem gastrites. Quando a gente não está bem, o melhor é ficar quietinha no nosso canto, no nosso sofá. Nossas lágrimas são muito valiosas para ser desperdiçadas.
Um beijo

Anônimo,  5 de junho de 2008 às 05:40  

Qdo nos decepcionamos mto com alguém o pensamento sempre é "pq fizeram isso comigo?". Depois de um tempo, vc percebe que tem q pensar "o que eu devo fazer pra que não façam mais isso comigo?". Daí mudamos. Crescemos. Aprendemos.
E então, vc consegue responder a primeira pergunta "aaaah então é por isso que fizeram isso comigo!".
he
:D
bjones

Nathália E. 5 de junho de 2008 às 06:09  

Ah, ficou uma fofurinha o selinho ali... rsrs

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